Os Ferreiros da Era Medieval | Como era a vida de um Ferreiro

 

Como era a vida de um ferreiro medieval

Você já parou para pensar quem eram os verdadeiros heróis da Idade Média? Não eram os cavaleiros com suas armaduras brilhantes, mas sim os mestres ferreiros, cujo trabalho desempenhou um papel fundamental na construção de impérios e cidades medievais. Hoje, veremos um pouco sobre o mundo fascinante dos ferreiros na Idade Média e descobrir por que eles eram os heróis desconhecidos dessa época.

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Os Heróis Desconhecidos da Idade Média

Imagine roupas cobertas de fuligem, bolhas nas mãos, fumaça nos pulmões e calor intenso. Esta era a realidade dos verdadeiros heróis da Idade Média, que não usavam armaduras brilhantes, nem coroas reais. Eles criavam armaduras, ferramentas, espadas, armas e outros apetrechos enquanto usavam os seus aventais de couro. Estes eram os ferreiros medievais.

O Trabalho Mais Subestimado

O ofício de ferreiro era talvez o trabalho mais subestimado nos tempos medievais, apesar de ser o mais importante. O aço, outros metais e seus subprodutos eram a fonte de todas as atividades econômicas de um assentamento, fosse um vilarejo, vila ou cidade.

Imagem ilustração de uma antiga oficina ferraria na idade medieval
Oficina Ferraria na era Medieval


Os ferreiros não estavam apenas forjando as espadas e as armaduras dos senhores, mas também eram responsáveis pela produção de quase tudo, desde ferraduras, parafusos domésticos e dobradiças até ferramentas agrícolas. Os ferreiros estavam envolvidos em todos os aspectos da vida na cidade.

Mas trabalhar para os senhores e reis tinha suas vantagens, ao contrário de criar dobradiças para as pessoas comuns. Os consumidores da classe alta pagariam um bom dinheiro por armas e armaduras caras, sem mencionar os favores pessoais que os ferreiros poderiam receber dos governantes locais. Não é de se admirar que os ferreiros logo se tornassem alvo da liderança da comunidade e da inveja do povo local. Mais dinheiro, mais problemas.

Imagem ilustração de Cavaleiro e Cavalo, ambos usando Armaduras confeccionadas pelo Mestre Ferreiro
Cavaleiro e Cavalo, ambos usando Armaduras
confeccionadas pelo Mestre Ferreiro


Tornar-se ferreiro não fazia parte da educação convencional da época, que era reservada ao clero, futuros senhores e cavaleiros. Aprender a ser um ferreiro era um processo árduo que começava com uma idade muito jovem, por volta dos onze anos, e continuava por anos até a idade adulta, sem garantia de se tornar um ferreiro mestre.

Não havia diplomas de graduação para distribuir naquela época, então suas perspectivas de carreira dependiam apenas de "serem notados". A competição também não era fácil; o ferreiro mestre costumava empregar vários aprendizes desde tenra idade. A maioria dos aprendizes se transformaria em adultos adequados antes de obter permissão para pegar um martelo ou uma tenaz e, em vez disso, se contentaria em usar uma vassoura por anos para trabalhos de limpeza na ferraria.

Podia-se dizer quem era o aprendiz favorito do ferreiro observando quem operava o fole na forja. Os mestres faziam os aprendizes correrem atrás de água, carvão e ferro no valor da metade de seu peso o dia todo, durante horas, e não havia espaço para erros. Cada erro cometido por um aprendiz resultava em um corte no salário. A luta para subir na carreira de ferreiro era grande.

Treinamento para o Sucesso

Tornar-se um ferreiro-mestre era difícil, mas abriria uma infinidade de opções de carreira. Se você estivesse em uma vila ou cidade, o trabalho oferecido era barato. Se você tivesse sorte e talento suficiente, poderia ter a chance de trabalhar no castelo do lorde, o que vinha com melhores salários e vantagens.

Imagem ilustração de Ferreiro trabalhando em Oficina de Ferrari
Ferreiro trabalhando em Oficina de Ferraria


Trabalhar no castelo não significava apenas fazer armas e armaduras. Os ferreiros dos castelos também eram responsáveis pela manutenção de braseiros, lustres e pontes levadiças do castelo, além da decoração e dos móveis. Eles também fabricavam correntes, barras e equipamentos de tortura para as masmorras.

Se você fosse um ferreiro na cidade grande, provavelmente faria parte da guilda, uma espécie de associação local de comerciantes e artesãos que garantiam a manutenção de seus interesses, assistência e segurança de seus membros. Este foi talvez o auge da carreira de um ferreiro. Fazer parte da guilda garantia um pagamento justo e um fluxo constante de trabalho, porém havia um contratempo: subir na categoria de ferreiro era mais difícil nas guildas devido ao controle de qualidade.

Um aprendiz viveria com a guilda por sete a nove anos antes de se tornar um ferreiro iniciante, o que era como ser o assistente de outro mestre ferreiro. O trabalho de um ferreiro iniciante seria examinado pelos próximos quatro anos antes que ele pudesse se formar para se tornar um ferreiro-mestre.

A Arte da Ferraria

A ferraria não se limitava apenas a se tornar um ferreiro. Havia ferreiros vermelhos, ferreiros marrons e ferreiros brancos também! O código de cores baseava-se no tipo de metal com o qual o ferreiro trabalhava. Os ferreiros trabalhavam principalmente com ferro, enquanto os ferreiros vermelhos e marrons trabalhavam com cobre e latão.

Os ferreiros brancos eram únicos porque faziam principalmente o trabalho de acabamento para outros ferreiros. Seu trabalho consistia em lixar, tornear e polir. Eles também eram responsáveis pela fabricação de talheres e joias. E, embora o trabalho do ferreiro fosse mais exigente, os ferreiros brancos tinham sorte de receber um salário melhor.

O Legado dos Ferreiros Medievais

Os ferreiros medievais eram amados, odiados, acusados de ter poderes mágicos e elogiados por afastar magia e demônios ao mesmo tempo. A ferraria era uma das sete artes mecânicas e era vital para o sustento da economia e da sociedade.

Assim, os ferreiros nunca foram perseguidos por suas habilidades mágicas de derreter ferro sólido e transformá-lo "magicamente" em ferramentas cotidianas. Mas isso não significa que as pessoas não os associassem com o diabo pelas costas.

Imagine-se com capacidade para forjar armas lendárias, a exemplo dos antigos mestres ferreiros.

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